O casamento das mulheres de 30

Pelo facebook, lendo posts de amigas que no momento ausentes... mas que muito ou pouco tivemos momentos de felicidade juntas! Adorei o texto colocado por uma delas no blog de uma amiga e gostaria de compartilhar com minhas amigas!

Há pouco mais de 20 anos uma mulher de 30 anos sem um marido para chamar de seu era chamada de solteirona, mal-amada, encalhada, titia.

Os anos se passaram e a evolução chegou!
Não apenas a evolução tecnológica, mas a verdadeira evolução das mulheres. Digo verdadeira, pois não acredito na evolução pela força ou pela luta, mas a evolução pelo carisma, pela competência, pela delicadeza pelos atributos femininos que a natureza concebeu.
Hoje é fato que as mulheres se estabeleceram no mercado de trabalho, na sociedade, no mundo e acima de tudo, por poder fazer suas próprias escolhas. Acabou aquela obrigação imposta pela sociedade e até pelas próprias mulheres dessa sociedade de que mulher aos 30 tem que ser ou em vias de ter um casamento.
Adoro “causos”, adoro porque nos traz fatos concretos que espelham as mudanças. Lembro de minha tia Branca há 20 anos atrás chorosa pelos cantos, pois completava 30 anos de existência sem um marido! E dizia: - Ó como Deus é cruel, não tenho um noivo, nunca vou me casar, tenho certeza que vou ficar para titia!
Eu muito pequena e pensava: - Coitada da minha tia, como sofre por não ter um namorado. E ficava torcendo para Tia Branca encontrar o tão esperado marido.
O desespero fez com que ela ao invés de escolher, já que julgava que o tempo não lhe concedeu essa sorte, fosse escolhida.
E lá apareceu um sujeito debochado, truculento e machista, muito diferente do príncipe encantado que ela tanto sonhava. Seu príncipe era um sapo (coitados dos sapos!), um ogro que julgava que mulher honesta trazia dinheiro para as despesas do lar e nunca para seus luxos, sexo para saciar o marido e passeios aos finais de semana eram desnecessários....
Mas mesmo assim ela estava satisfeita, enfim tinha um casamento, a sociedade estava satisfeita, não seria mais necessário dar explicações sobre sua solidão, tinha um casamento infeliz por óbvio, mas tinha um marido para chamar de seu. E assim foi seguindo infeliz até que 20 anos após o casamento ele morreu e ela renasceu! Seu amor próprio floresceu e hoje não quer um marido por nada.
Um dia questionei tia Branca, por que tantos anos de sofrimento? Por que não escolher ser feliz antes e terminar o maldito casamento? A resposta foi curta e grossa: - Minha filha hoje as coisas são diferentes, hoje mulher pode escolher o que quer.
Foi essa frase que me fez refletir sobre a evolução das mulheres de 30 e poucos anos. Hoje compartilho com tantas outras amigas da mesma idade ou até mais velhas a felicidade de poder escolher. Escolher o homem certo, escolher não ter filhos, escolher viajar sozinha ou até mesmo não engessar a vida para aguardar um homem!
Que delícia é viver a vida sem ter a necessidade de ter um príncipe encantado. Melhor ainda é escolher o príncipe encantado, escolher o cúmplice da sua vida. Não posso ignorar o fato de que existam mulheres que sonham com um Ogro, mas de qualquer forma foi uma escolha e não uma obrigação social.
As mulheres contemporâneas finalmente entenderam que antes de amar o outro é necessário o amor próprio, a realização dos seus anseios, a satisfação de experimentar a liberdade. Achei o máximo a coreana que recentemente casou consigo mesmo, realizou o sonho do vestido de noiva e fez votos de amor próprio. Ela sim escolheu ser feliz sem se importar com a opinião alheia.
Só podemos ser cúmplices de alguém quando antes somos cúmplices e amantes de nós mesmos. Essa a lição que tenho aprendido com as minhas amigas mulheres de 30!

* Texto Colaboradora Especial Debora

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